FAMÍLIA: NOSSO PRINCIPAL GRUPO DE APOIO


Nós, seres humanos, não vivemos sós. Já nascemos em uma família e no decorrer de nossa existência vamos nos juntando a outros grupos, seja em nosso trabalho, em nossa comunidade ou em nossa vida social. Dentre as diferentes formações a que pertencemos, o grupo familiar é a nossa primeira referência de vida em comunidade e talvez a mais importante de todas.
Na contramão de sua importância, a família é aquela que atualmente mais perde espaço na convivência entre as pessoas. Possuímos tantas tarefas, compromissos e atividades que sobra muito pouco tempo para os relacionamentos familiares e este reduzido tempo concorre com as tevês, uma em cada quarto, com os computadores e os celulares carregados de tecnologias capazes de nos manter conectados com o mundo ou com qualquer pessoa no planeta, mas ao mesmo tempo, distancia aqueles que estão ao nosso lado.
As tecnologias são inerentes ao mundo atual e de utilidades infinitas, mas precisamos dominá-las, fazendo uso adequado e equilibrado, sem permitir que elas ocupem todo o tempo e espaço, reduzindo a zero os momentos de convivência física entre as pessoas da mesma família, sob o risco de nos enquadrarmos numa formação familiar trágica, conhecida como família de desconhecidos.
Para fazermos de nossa família, o nosso principal grupo de apoio e referência, precisamos criar dentro de nossa casa, momentos favoráveis para um relacionamento sadio, com fortes vínculos afetivos, onde podemos contar uns com os outros.
Para tanto, precisamos de algumas atitudes, que para muitos parecem árduas demais, apesar de muito simples, como por exemplo, fazer as refeições com a família reunida, sentados à mesa, com a tevê desligada e sem celulares ligados ao lado dos pratos. Se não conseguirmos reunir a família nem mesmo na hora da alimentação, quando pretendemos?
Também precisamos ter claro que um grupo de apoio é uma via de mão dupla, onde damos e recebemos, portanto, para fazermos do nosso lar um verdadeiro grupo de apoio, precisamos desenvolver a cooperação entre os membros da casa, onde servimos e somos servidos, onde dividimos tarefas e fazemos outras em conjunto, onde valorizamos o respeito mútuo e onde os esforços de cada um contribui para bem de todos.
Texto de Celso Garrefa

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