E se houver a recaída...

Quem acompanha este blog sabe que meu adicto está em casa depois de 2 anos sem morar comigo e apos uma nova internação de 9 meses.
E ficamos sempre com o medo da tal recaída, até porque não é o primeiro tratamento dele
Aí muito já me perguntei e me pergunto:
E SE ELE RECAIR?
Sabemos que existe a recaída de "calcinha" como se fala dentro de comunidades e este é meu medo, eu sempre soube até mesmo antes de entrar neste mundo de DQ, recuperação, codependência, que uma mulher levanta ou derruba um homem e este medo que eu tenho
O que fazer então? Alertar? Ficar quieta? Deixar o barco correr? É nosso DEVER ALERTAR!
E quando alertamos e nada muda? As vezes precisamos mudar a tática, mais eles precisam saber que estamos vigilante e que não somos bobas
...
Então agimos assim e mesmo assim segue a mesma coisa, não vemos mudança, aí novamente nos perguntamos: O que fazer agora?
E a resposta é simples porém difícil de ser colocada em prática
MUDE!!!! Se posicione, não aceite, não seja conivente e muito menos um facilitador de seu adicto
E fácil, muitas vezes não, porque quando nos posicionamos, geralmente temos que tomar uma atitude drástica.porém não podemos esquecer o velho ditado que diz: "o remédio amargo é o que dá resultado.

E novamente vem a pergunta: E se ele recair?
Primeiramente, nós familiares que convivemos com um DQ temos que ter a consciência que a recaída pode SIM acontecer, não podemos nos auto-enganar pois será muito pior.
A recaída faz parte da doença e temos que ter a consciência que ela NÃO faz parte da recuperação, quem está em recuperação de verdade, não recaí. Portanto, não podemos pensar que tem é natural o DQ recair.

Leitores amigos,
Não esqueçam, sou familiar de um DQ, sonho, tenho esperança, criei expectativas, principalmente nesta internação(acredito que não seja uma boa ideia criar expectativas, mais fiz isso e vejo o quanto é ruim, pois quando criamos expectativas, apostamos todas as nossas fichas na pessoa e não sabemos o que ela realmente quer ou vai fazer)
O que precisamos é ter os pés no chão, vigilância 24 horas com a gente mesmo, precisamos aprender que não mudamos o outro, somente mudamos a nós mesmo. O outro muda só quando ele quer.
Portanto, cuidemos de nós!! Nós temos que ser a nossa prioridade. Primeiro eu, segundo eu, terceiro eu! Não é assim que eles vivem? Porque nós temos que ser diferentes?
muitas vezes nosso adicto está se enfiando num buraco, está indo aos poucos mais está sem enterrando, e mesmo assim, ele se coloca em primeiro lugar.
Porque vamos agir diferente?

E ele recaiu? O que fazer? Continuo ajudando? Deixei ele sozinho? Mando ele procurar ajuda das pessoas que até então ele deu mais valor?
A resposta é: Cada família tem a sua forma de pensar e agir...
O que eu sempre digo e pra mim é a verdade, uma hora a família cansa. Ajudamos 1, 2 vezes, alertamos, alertamos e nada muda, aí quando ele já recaiu vem buscar ajuda em quem? Naquelas pessoas que sempre se importaram com ele e o mesmo não deu ouvidos.
Vale a pena continuar ajudando? Pode ser que sim, pode ser que não, O importante é analisarmos como vamos nos sentir, importante também conhecer o seu especial, pois sabemos quando eles estão mentindo mesmo quando estão fazendo o tratamento.
Meus leitores queridos, IMPORTANTÍSSIMO!!! pensem, repensem, busque ajuda, busque grupos, busque se cuidar para que quando for necessário tomar uma atitude não sofremos tanto.

E para finalizar, não esqueçam da nossa maior arma: a nossa fé! É ela que nos move!

E não esqueçam: Ajuda é fundamental, busque a sua ajuda, o seu tratamento!



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