O Sofrimento dos Pais Não Ajuda os Filhos



Olá pessoal! 
Li este texto na internet e hoje vejo que é exatamente isso é todo este esclarecimento serve não só para pais de dependentes químicos.
Vale a pena a leitura e a reflexão!

Pais e mães, quando surpreendidos pela dependência química de um filho, experimentam sofrimentos profundos. Sentimentos de dor e tristeza afetam intensamente sua vida, tirando lhes toda a alegria de viver. Sempre ouviram falar sobre as drogas, porém nunca imaginavam que isso pudesse acontecer em sua casa.

Em geral, imaginavam que isso acontecia com filhos negligenciados, abandonados ou moradores de subúrbios. Muitos acreditavam que estavam imunes ao problema, pois sempre deram “de tudo” ao filho. Criaram expectativas, as melhores possíveis e idealizaram um filho sem problemas graves.

Quando o fato vem à tona, o primeiro sentimento experimentado pelos pais é a frustração: -“Como ele pode fazer isso com a gente”? Sentem-se como se fossem traídos pelo filho, principalmente porque o ouviu repetir inúmeras vezes que podiam confiar nele.

            Os sofrimentos vão se somando e o sentimento de culpa também passa a dominar os pensamentos dos pais: - “Onde será que nós erramos”? Não bastasse culparem-se si próprios, também se culpam mutuamente. Os porquês martelam em suas mentes em uma busca vã pelas respostas.

            O medo e as incertezas sobre aquilo que virá pela frente deixam-nos apavorados e muitos experimentam o pânico. As noites não são mais donas de um sono tranquilo quando o filho está fora e basta um toque do telefone ou a sirene de um carro de polícia para acordarem de sobressalto.

            Sentimentos como amor e ódio se confundem. Ao mesmo tempo em que amam o filho, também sentem raiva pela situação em que ele se meteu. Os pais sentem como se todos os olhares se direcionassem a eles, como se estivessem a condená-los, assim, enchem-se de vergonha e como consequência, muitos paralisam e buscam o isolamento.

            Outros, equivocadamente, fazem questão de escancarar o sofrimento que estão vivenciando, numa insana ilusão de que o dependente se sensibilize, tenha pena dos pais e mude suas atitudes. Sem sucesso.

            Sabemos que muitos pais de dependentes químicos se identificarão com esses relatos, pois eles já experimentaram na pele sua cruel força e seria hipócrita de minha parte achar que isso poderia ser diferente. Precisamos respeitar esse momento e o primeiro passo no cuidado desta família é pegá-los no colo, dar esperança e fazê-los crer que há soluções.

            Os sentimentos profundos são reflexos do problema enfrentado, mas devagar precisam enfrentar suas dores e reagir. Sabemos que os pais são afetados pelas atitudes dos filhos, mas precisam lutar com todas as suas forças não permitindo que o problema os adoeçam a ponto de destruí-los. Pais doentes não possuem forças suficientes para realizar aquilo que mais desejam: ajudar o filho. Fragilizados pelos sofrimentos profundos são facilmente manipulados pelo dependente.

            Portanto, façam tudo o que for possível para ajudar o filho a recuperar-se. Não meçam esforços e vão à luta. Busquem conhecimentos, saia do isolamento e enfrente o desafio com coragem. Não tenha vergonha de buscar ajuda, mas não esqueçam que também são gente. Lute bravamente contra o sofrimento profundo, que em nada colabora para a solução do problema e acredite: SOFRIMENTO DE PAIS NÃO SALVAM FILHOS.
                                  
                                   Texto de Celso Garrefa

                                   Amor-Exigente de Sertãozinho SP

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