E ele veio nos visitar

Oi minha gente!

Final de semana passada meu filho veio nos visitar!
Vocês sabem bem a alegria que fico, desmarco qualquer compromisso que eu tenho para estar com ele até porque são poucas as vezes que ele aparece por aqui.

Achei ele muito bem, já venho notando a algum tempo que ele anda mudado, inclusive conversando mais comigo sobre a vida dele.
Foi um final de semana muito bom, aproveitamos, conversamos sobre as nossas coisas, algumas dificuldades que passamos, não falamos muito sobre droga e recuperação (pq este tema sempre está em nossas conversas (mais nas minhas do que nas dele).
Eu fico bem contente quando vejo o amadurecimento dele, como já falei aqui, qualquer mudança já é uma evolução na caminhada dele (e assim todas nós devemos pensar) pois as coisas não mudam da noite para o dia, nenhum ser humano muda da noite para o dia, porque com os adictos deveria ser diferente?

Meu adicto segue sendo uma caixinha de surpresas (todos são na verdade), mas quando aprendemos a viver o só por hoje, não damos tanta importância por estas surpresas que podem surgir pois queremos aproveitar aquele momento que não volta mais.
Ele poderá voltar a usar, poderia ter usado já no dia que foi embora mas independente disso, independente da dor que sentimos sempre que soubemos que eles usaram, estes momentos únicos(como o meu final de semana) também ficam registrados, marcados e eles nos ajudam a nos fortalecer para seguir em frente, para buscar novos momentos como estes.


Fico parada pensando o quão "louca" é a vida da gente, é uma verdadeira gangorra e ao mesmo tempo avalio o quanto já amadureci nesta minha pequena caminhada e isso me deixa feliz, me dá forças para seguir lutando cada vez mais, forças para seguir levando a mensagem.
Olho para trás (e mesmo sabendo que cada um tem a sua caminhada, que meu filho não fez um terço do que ouço de diversos familiares) e hoje consigo me sentir bem, como tudo que já fiz até aqui, me doí um pouco ainda o dia em que mandei ele embora de casa (que noite doida, afinal, brigamos (quer dizer eu briguei) horrivelmente, hoje percebo o quanto eu estava adoecida e fora de mim. Não me culpo, graças a muito estudo, muita reflexão, muita partilha eu consegui aprender que não sou culpada, fiz o que eu sabia naquele momento, o que fazia parte de mim, do meu estágio evolutivo. Confesso que não tenho vontade de apagar esses momentos da minha vida, da minha memória, pois eles fizeram parte de mim, do meu processo e me ajudam a crescer, a buscar ser ainda mais diferente.


Eu sou uma pessoa que vivo com o celular na mão, vivo em minhas redes sociais, sou apaixonadíssima por esta tecnologia louca, tenho muitas redes sociais, uso bem dizer quase todas e muitas pessoas falam que eu não saiu do celular, bla bla, bla(uma grande verdade) mas o que elas não sabem é o que eu faço com meu celular na mão. Quantas partilhas eu ouço durante o dia, quantos artigos eu leio durante dia, o quanto eu busco a minha espiritualidade, em paginas da minha religião, em canais da minha religião, o quanto eu busco canais que falem de recuperação. Obvio que uso meu celular pra me divertir também e para trabalho da minha filha mas hoje ele é uma excelente ferramenta para a minha caminhada e pode ser a ferramenta de qualquer pessoa pois nossa vida é corrida, hoje temos pouco tempo e neste vai e vem frenético, podemos usar este pequeno aparelho para buscar a nossa recuperação, para buscar estar em sintonia com nosso poder superior.


Acho que era isso meus queridos, fiz um post com um pouquinho de tudo mas era o que eu estava precisando colocar pra fora.
E quanto ao meu filho eu espero que ele esteja firme e forte e que logo possamos nos ver novamente e que possamos seguir nos falando por telefone como estamos(ainda não posso falar o que estamos conversando mas em breve conto pra vocês.

Beijo enorme no coração de vocês e sigam acreditando, buscando e não desistam. Lembrem é possível muda!


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