Falando Sobre Codependência

Olá pessoal!
Acredito que alguns queiram saber como andam as coisas por aqui comigo e com meu desafio. Graças a Deus está tudo bem, vida seguindo.
Também sei que algumas pessoas que buscam um blog sobre dependência química, obviamente querem saber mais sobre o assunto e principalmente saber se a pessoa que está do outro lado da tela está bem, se a família está bem (e como conseguiu isto) e se o usuário está limpo e a quanto tempo.
Então posso dizer que eu estou buscando a minha recuperação(codependencia), sempre ( e quando digo sempre é diariamente) estou lendo sobre, falando sobre, partilhando sobre pois sei que este é caminho para a minha recuperação. Caso contrário volto lá no início 2012/2013 e meto os pés pelas mãos como diz o ditado. Gente! Vocês não fazem ideia do quanto me faz bem estar neste meio, do quanto eu cresço e vejo o quanto ainda tenho que melhorar!
E sobre meu desafio? Como já falei anteriormente, não posso dar certeza de absolutamente nada(algumas pessoas poderão se decepcionar ao ler isso mais é bem assim, certeza só temos de nós mesmos e olhe lá...). Meu filho fala que está bem (não moramos juntos e nem na mesma cidade), nos visitamos muitooo pouco, nosso contato é por telefone. Então não posso afirmar 100% da situação dele. O que eu posso dizer é que hoje ele está bem, pois conheço bastante ele e também sei a forma que ele procede quando está em uso(quando eu tenho muita certeza). O que eu posso dizer que ele andou tendo uns resbalos, mais pelo que tudo indica agora as coisas estão no lugar certo (pode ser que não, adicto sabe manipular muito bem) mais eu acredito que só por hoje, ele está caminhando num bom caminho, instinto de mão sempre nos alerta é incrível isso.
Mas meus amores, quero falar sobre a Codependência, o que ela é, como nos afeta e como identificar se somos ou não doentes.
Aqui mesmo no blog temos um artigo muito bom sobre(clique para ler) e também estou trazendo mais um artigo bacana para reflexão de todos nós, vejam:

Codependência, Dependência Emocional ou Dependência Afetiva, é a inabilidade de manter e nutrir relacionamentos saudáveis com os outros e consigo mesmo, resultando em Relacionamentos Difíceis, Desgastados ou Destrutivos. Aqui você saberá quais são os principais sintomas, se você vive este problema e como tratar este transtorno que pode ser grave e gerar sérios prejuízos à saúde e a todas as áreas da vida.

Origem: O termo Codependência teve origem nos estudos com a Dependência química e foi atribuído aos familiares, partindo do princípio de que os familiares de dependentes químicos também apresentariam uma dependência, não das drogas, mas Dependência Emocional ou uma preocupação constante e fixa no dependente. Posteriormente, tornou-se claro que não é necessário conviver com um dependente químico para sofrer de Dependência emocional.

Causas: A maior parte dos codependentes vem de famílias disfuncionais, conflitivas, que demonstraram significativa fragilidade emocional e, por isto, contribuíram para o desenvolvimento e instalação da dependência emocional entre seus membros. Em geral, o codependente viveu pouco amor, amparo, aceitação, segurança, coerência e harmonia familiar. Em muitos casos, houve rigidez de regras e críticas excessivas, abusos, violência psicológica e até física. Portanto, de modo geral, a pessoa desenvolve a Codependência a partir da infância.

Alguns Sintomas:

  • Cuidados excessivos com o outro - preocupação constante, necessidade compulsiva de ajudar o outro, antecipando as necessidades dele, assumindo responsabilidades por ele e deixando o próprio cuidado de lado;
  • Baixa autoestima – culpa-se por tudo, autoexigência e autocrítica exagerada, sente-se envergonhado e inferior aos outros, contenta-se com muito pouco, com “migalhas de amor”;
  • Repressão das emoções – reprime seus sentimentos e vontades, de tal modo que, com o tempo, perde o contato;
  • Controle compulsivo – necessidade de ter sempre o controle de si mesmo, das situações, do relacionamento, do outro, tentando mudá-lo;
  • Ciúme doentio – enorme insegurança, pensamentos constantes de ruminação pelo medo de ser traído ou de ser abandonado, comportamentos e discussões na tentativa de controlar os comportamentos do outro;
  • Negação – mente para si mesmo, finge que os problemas não existem ou não são graves, não enxerga e enfrenta os problemas que estão acontecendo na relação, pensa que um dia tudo vai melhorar “do nada”;
  • Vive oscilando entre o céu e o inferno - oscila entre gostar e sentir-se magoado e com raiva do outro, ou seja, ora se sente bem na relação e ora se torna vítima e age como o algoz, cobrando posturas de forma pesada e agredindo o outro;
  • Acredita que depende do outro – procura desesperadamente amor e proteção fora de si mesmo, não consegue ficar só, sente-se ameaçado pela perda do outro, sente que necessita do outro pra ser feliz;
  • Comunicação disfuncional – não expressa abertamente seus sentimentos e pensamentos, a comunicação não é honesta e franca; não consegue ter bons diálogos e discutir objetivamente os problemas; iniciativas de diálogo se tornam discussões áridas.
  • Dificuldades sexuais - usa o sexo para conquistar, segurar e ganhar a aprovação do outro; tenta manipular e controlar o outro através do sexo; fazem sexo quando não querem; com pouco ou nenhum prazer, etc.
  • Envolvimento com pessoas complicadas - escolhe parceiros indisponíveis, indecisos, de classe socioeconômica inferior, agressivos, distantes, que sugam e pouco doam, irresponsáveis, mal-caráter, que também apresentam transtornos psicológicos como dependências (de álcool, de outras drogas, de jogos, etc.). Por isto, tem decepção amorosasofre muito por amor, experimentando uma vida amorosa insatisfatória.
Estes sintomas e outros contribuem para Padrões de Relacionamentos Destrutivos.

Pesquisas: Os resultados de uma pesquisa recente realizada no Brasil, pela Unifesp mostram que, em média, 9 pessoas são afetadas pelo impacto de um dependente químico e estima-se que pelo menos 28 milhões de pessoas vivam hoje no Brasil com um dependente químico. A pesquisa aponta também que, além da resistência do dependente químico em aceitar o tratamento (52% dos casos), o comportamento/atitude da família (11%) é a segunda maior dificuldade encontrada no tratamento. Convivendo com sentimentos opressores como tristeza (28%), impotência (26%), dor, angústia, raiva, desespero, culpa, pena, decepção, solidão e medo. Este impacto corresponde aos vividos por familiares de doentes terminais.

Autora: Dra. Elizabeth Zamerul Ally, médica psiquiatra, psicoterapeuta, especialista em Dependência Química e Codependência www.dependenciaecodependencia.com.br


Queridos, também indico para vocês um livro excelente e que nos mostra a realidade e nos ajuda muito no processo de auto conhecimento e a busca para controle da nossa codependencia. O livro chama-se Codependência Nunca Mais vale muitoooo a pena a leitura e estudo! (baixe aqui)
Busque ajuda! Procure um grupo, procure pessoas que passem pela mesma situação tua que estas lhe entenderão e vão auxiliar muito.
Lembrando sempre não deixem de acreditar em dias melhores! E que a mudança depende única e exclusivamente de nós e não do outro!

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